As 9 horas de João Nhatingo

Com 33 anos de idade, João Nhantigo é trabalhador do sector do Cinema em Maputo. Não conhece seus direitos, muito menos o salário referente ao seu sector. Tem dois filhos por criar e os 2500 Mt que ganha constitui apenas metade do necessário.

João Nhantingo de 33 anos de idade, residente no bairro da Machava Socimol Nkobi, é trabalhador do Cinema Gil Vicente em Maputo desde 2002. Iniciou a sua carreira como arrumador, mas com o tempo foi mudado de funções. Nhantingo é actualmente Bilheteiro e Assistente de Bar simultaneamente.

Por trabalhar para esses dois departamento, João considera-se promovido, apesar de isso não lhe trazer resultados saláriais visiveis. Ele ganha actualmente 2500 meticais e não conhece o salário mínimo do seu sector laboral.

Diáriamente João percorre uma média de duas horas de viagem desde a sua casa ao posto de trabalho e outras duas para regressar. Somadas as 7:30 hooras de trabalho, João está fora de casa aproximadamente 12 horas..

O sector do Cinema deve ser dos sectores mais problemáticos de Moçambique, principalmente no que tange com os direitos dos trabalhadores.

A experiência do João é por assim dizer apenas um exemplo da situação em que os trabalhadores se encontram. A segurança social, direito a férias e falta de pagamento atempado constituem o tripe dos problemas do sector.

O pagamento de horas extras também constitui um exmplo do quão dificl é a vida no sector de cinema é Moçambique Para Nhantingo, um outro elemento que o deixa triste e desanimado no seu local do trabalho, é facto da empresa não prestar assistência médica e medicamentosa aos trabalhadores e a suas famílias, deixando tudo ao cargo do trabalhador.

Este explica que “ em 2009 perdi o meu filho por motivos de doença e a empresa não me prestou nenhuma ajuda para custear as despesas funebres do filho”. No rol das denuncias, Nhantingo diz que o seu emprego o obriga anualmente a fazer o teste de HIV e apresenta-lo ao obrigatoriamente ao posto de serviço. Cansado Nhantingo procurou o sindicato dos trabalhadores do seu serviço para expôr as questões que o afligem, mas este nada resolveu uma vez que o patrão não cumpre e nem respeita o sindicado.

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