Economia informal não combate desemprego, diz Pinto de Abreu -Oct 15 2012

15/10/2012 - A Cidade da Matola realizou recentemente o IV Fórum Empresarial, com foco na atracção de investimento. O vice-governador do Banco Central, Pinto de Abreu, lançou um repto: “Não podemos ficar satisfeitos com o emprego no sector informal.
A Cidade da Matola realizou recentemente o IV Fórum Empresarial, com foco na atracção de investimento. O vice-governador do Banco Central, Pinto de Abreu, lançou um repto:  “Não podemos ficar satisfeitos com o emprego no sector informal, porque é uma falácia no longo prazo”.
O sector informal  não resolve o problema de desemprego no país, porque as pessoas podem vender os seus produtos e serviços hoje e obter rendimentos, mas o mesmo não acontecer no futuro. A posição é defendida pelo vice-governador do Banco de Moçambique, António Pinto de Abreu, que falava na cidade da Matola, durante a sua apresentação, no IV Fórum Empresarial da Matola.
“Não podemos ficar satisfeitos, porque as pessoas estão empregues ou trabalham no sector informal, porque as pessoas vendem hoje e não sabem se amanhã venderão”.
De acordo com o vice-governador, para reduzir o nível de desemprego, é necessário “garantir que haja instituições estáveis, eficientes e funcionais” no país. Para o responsável, o sector informal “é uma falácia no longo prazo”, daí que não se pode pensar que o mesmo vai resolver os problemas do desemprego em Moçambique.
As observações do segundo homem mais forte do banco central não param por aí. Pinto de Abreu critica os economistas que defendem uma forte depreciação da moeda, visando estimular as exportações. O vice-governador do Banco de Moçambique considera esta aposta um erro, e, por isso, o banco central não tem aderido a esta tese.
“A depreciação forte da moeda é necessária em certas fases do ciclo económico de um país, não sempre. O mais importante para os empresários é inovar os seus produtos e serviços, aumentar a competitividade, produtividade e racionalidade, bem como descobrir novos mercados”, apontou Pinto de Abreu.
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