As empresas de segurança parecem ser o alvo principal da Inspecção do Ministério do Trabalho. E não era para menos.
Para alem de trabalharem de condições lastimáveis, os guardas nocturnos e outros trabalhadores de empresas de segurança são muito mal pagos e quase nunca vêem os seus benefícios laborais serem pagos.
Por esse motivo, o Inspector-Geral do Trabalho, Joaquim Siúta, diz que o Ministério do Trabalho está a treinar inspectores especiais para lidarem exclusivamente com os problemas dos homens que nos protegem.
Estes inspectores estão preparados para analisarem os principais problemas dos guardas nocturnos, entre eles:
Os turnos que ultrapassam o horário de trabalho fixado por lei, sem o pagamento de horas extras.
A não canalização dos valores que lhes são descontados para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Data do inicio de inspecção
O Inspector-Geral do Trabalho prefere não adiantar as datas para o início da operação de inspecção a nível das empresas de segurança privada, alegando necessidade de sigilo e precaução .
Joaquim Siúta garante entretanto, que o fim das irregularidades acima apontadas está para muito breve.
Greves
Um dos grandes problemas na área de segurança privada em Moçambique tem sido causado pelos próprios trabalhadores que, muitas vezes têm privilegiado o recurso à greve antes mesmo de esgotar todas as hipóteses de diálogo.
Sobre esta situação, Joaquim Siúta esclarece que “a greve deve ser o último recurso a adoptar pelos trabalhadores e não o primeiro como tem sido feito nos últimos tempos. Existe a via de diálogo, da mediação e arbitragem antes da greve.”
Por seu turno, os trabalhadores consideram que são os responsáveis das suas empresas que não abrem espaço para o diálogo com os sindicatos, razão por que optam pela greve como medida de pressão.
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