Numa pesquisa levada acabo pelo Meusalario, concluiu que em Moçambique um dos principais aspectos da desigualdade de género no mercado de trabalho é a diferença salarial entre homens e mulheres, com as mulheres recebendo, em média, salários significativamente mais baixos do que seus colegas masculinos, mesmo quando desempenham funções semelhantes concretamente nas áreas da agricultura informal, trabalhos domésticos nas residências e algumas instituições privadas (sectores de comunicação, salões e bares). Essa disparidade salarial persistente reflecte não apenas a discriminação directa, mas também factores estruturais, como a segregação ocupacional, onde as mulheres tendem a ocupar empregos em sectores e indústrias menos valorizados e remunerados.
Além das disparidades salariais, as mulheres enfrentam obstáculos significativos no avanço de suas carreiras, incluindo a falta de oportunidades de liderança e de acesso a cargos de alta remuneração. Essa tendência impede muitas mulheres de alcançar todo o seu potencial profissional e contribuir plenamente para suas organizações e economias.
Embora tenhamos organizações que tem contribuído ao combate efectivo a desigualdade de género no mercado de trabalho, é necessário medidas tanto a nível individual quanto institucional como políticas que promovam a igualdade salarial, a implementação de programas de mentoria e desenvolvimento de liderança para mulheres, e a adopção de práticas de recrutamento e promoção mais transparentes e inclusivas. Além disso, é fundamental desafiar estereótipos de género arraigados e promover uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a inclusão em todas as suas formas. Somente através de esforços coordenados e persistentes podemos esperar alcançar verdadeira igualdade de género no mercado de trabalho e além.